domingo, 18 de abril de 2010

ATIVIDADE CULTURAL DA FUNDAÇÃO HELENA ANTIPOFF, MUSICAL AV.Q

Após a sugestão de minha professora Mancine( kisses and greet) para assistirmos a peça musical "Av. Q" em cartaz no Palácio das Artes. Tive este privilégio.

No palco, atores e bonecos contam a história de Princeton, um jovem recém-formado que vai para a capital em busca de uma nova vida, repleto de sonhos, mas sem dinheiro. Trata-se de uma produção musical que aborda temas como a descoberta do sexo e do amor, a homossexualidade, o desemprego, a navegação na Internet, especialmente em busca de pornografia, entre outros, compondo uma galeria de personagens que travam árdua luta pela sobrevivência, mas sem nunca perder o bom humor.

Charles Möller e Cláudio Botelho são os responsáveis pela adaptação e direção da peça, espetáculo em cartaz na Broadway ganhou versão para a realidade brasileira A transposição para a realidade brasileira leva para o palco a versão sofisticada, que valoriza características da cultura local. “Só não mudaram os nomes dos personagens. O humor e a piada são muito próprios de cada povo e da maneira como as pessoas se comportam”, explica. A trilha sonora também acompanha essa lógica. Não é um espetáculo infanil.http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_11/2010/04/15/ficha_teatro/id_sessao=11&id_noticia=23056/ficha_teatro.shtml
Enfim além de conseguir fotos e o autógrafo com alguns personagens, diverti-me muito, os artistas, cantores e interpretes foram perfeitos em suas apresentações, houve interação entre os personagens( bonecos, humanos) e com a plateia. Nos bastidores todos
foram atenciosos, realmente valeu a pena. Indico este musical a todos que apreciam a arte.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

ENEIDA DE VIRGILIO



Após leitura obrigatória da epopeia de Virgílio, não pude deixar de postar. A princípio trata-se de uma obra de difícil compreensão. "Eneida" epopeia latina começou a ser escrita em um momento conturbado de Roma, esta se encontrava devastada pelas guerras, com a morte de Cesar assim é travado uma luta pelo poder.
Octávio Augusto sobrinho e filho adotivo de César, portanto pertencente à gens iulia, passa a ser o único senhor desta república. No ano 2a.c estabelece definitivamente a Roma Imperial. Com a finalidade de exaltar o imperador, Virgílio resolve escrever a grande obra poética Eneida.

Epopeia celebra o herói e seus feitos, seja ele indivíduo que encarna os sentidos e anseios de uma coletividade. (Carlos António Kalil Tannus).

Virgílio resolve cantar à Augusto o divino indiretamente. Cria uma epopeia com traços Homéricos com elementos como, o maravilhoso, as cenas de guerras, a descida ao mundo ao mundo dos mortos e outros. Das obras Alexandrinas é utilizado a brevidade, os 48 cantos da Odisseia, passam a ser 12 cantos em Eneida.

Eneida e composta de cantos criados por Virgílio que celebra o grande herói Eneias. O verdadeiro herói desta epopeia é o povo romano.
Eneias filho da deusa Vênus, foge de Tróia quando esta foi destruida pelos Gregos, sua "fatum" destino, que entre outros deveria construir um novo império. Por se tratar de uma grande e interessante obra, Eneida contem elementos mitológicos e historiograficos da grande Roma, para que esta não ficasse longe da realidade política e de seu rei Octávio Augusto, que foi exaltado até a sua descendencia. Existe a personagens como a rainha Dido de Cartago que não posso deixar de mencionar, pois Eneias mesmo amando-a abriu mão do reino e de seu amor pela "fides" que é a amizade, fidelidade características de Eneias, este cumpriu sua "fides" primeiramente com os deuses deixando sua rainha que ardia em chamas.
Na descida de Eneias ao mundo inferior este encontra seu pai Anquises, que lhe mostra os futuros Reis de Roma e sua grandeza. No Vale das Lágrimas Eneias encontra a rainha Dido que não o perdoa. Este Vale não existe na Odisseia de Homero. O escudo feito por Vulcano a pedido de Vênus, contém cenas da história de Roma até o início do reinado de Augusto.
Existe o relato da guerra travada pelos deuses, Vênus mãe de Eneias que o protege, enquanto Juno arma ciladas para o troiano por temer que o guerreiro destrua a Cidade em que é adorada, Júpiter o Poderoso procura a conciliação e declara que Juno será adorada em uma Cidade muito maior. Podemos afirmar que esta paz celebrada entre os deuses simboliza a pacificação de Roma simbolizada por Augusto
No último canto, Eneias vence seu poderoso inimigo e rival Turno, demonstrando pela primeira vez sua ira quando vê o escudo de seu amigo de posse de Turno, mesmo este pedindo clemencia Eneias o mata e considera-se vingado.
Comentário; a leitura desta obra foi possível devido a orientação da professora de Greco-latino e as apostilas de Carlos Antonio Kalil "As Formas do Épico" e "Literatura Latina" de Cardoso, Zeua de Almeida.