segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CENTENÁRIO DE TANCREDO NEVES


Quatro de março de 2010, Tancredo Neves completaria 100 anos
A exposição traça um panorama da vida e obra de um dos mais importantes nomes da política brasileira, o mineiro Tancredo Neves. O ex-governador de Minas Gerais é, até hoje, um símbolo da construção democrática nacional. Dividida em salas, a mostra apresenta documentos, fotografias, notícias e memórias que revelam ao público a trajetória de um verdadeiro ícone nacional, marcado pela habilidade em manter o diálogo entre correntes ideológicas distintas. Confira cada uma delas:
A Origem Esta sala, estão expostos testemunhos da trajetória do homem Tancredo. São documentos, fotos, notícias e memórias que retratam suas origens e revelam seu contexto familiar, sua infância, os vínculos primordiais com sua terra e o contexto em que se formou o homem político.
O Caminho Nesta, a trajetória política de Tancredo Neves, percorrendo os principais cargos e datas da sua formação política, aparecem e mostram as etapas fundamentais do caminho político do estadista sanjoanense. Em 1984, ano que marcou indelevelmente a história nacional, a liderança de Tancredo convergiu para um consenso generalizado, despertando sentimentos inéditos de esperança.
A Habilidade Política Ao longo de sua carreira política, de 1934 a 1985, Tancredo se mostrou um grande mediador entre as diferentes forças políticas. Moderado nas palavras foi personagem central nos grandes impasses institucionais vividos pelo Brasil na segunda metade do século XX. Como político habilidoso soube alcançar, mesmo nos momentos mais delicados, resultados em favor do país por meio do diálogo com forças opostas.
A Construção da Democracia No dia 14 de agosto de 1984, Tancredo Neves deixou o governo do Estado de Minas Gerais para se candidatar à Presidência da República. Após vinte anos de ditadura militar, tanto a população, quanto segmentos de oposição ao governo militar se mobilizaram para a realização de eleições diretas para a Presidência da República. Quando a emenda Dante de Oliveira, que previa eleições diretas, foi rejeitada pela Câmara dos Deputados, amplos setores da oposição se voltaram para o nome de Tancredo como alternativa para pôr fim à ditadura.
A Dor Em 14 de março, horas antes da posse, o primeiro presidente democrático após vinte anos de ditadura militar sofreu uma indisposição e foi hospitalizado. Esta sala é dedicada à emoção que tomou conta do país nas semanas que antecederam a morte de Tancredo. As imagens re-constroem a evolução dramática desses dias como uma transmissão em tempo real, mostrando a dor dos brasileiros diante da perda iminente do primeiro presidente da Nova República. Tancredo havia se tornado símbolo da esperança coletiva.
Lavra de ideias Esta sala, que tem seu centro na máscara mortuária do presidente Tancredo Neves, é um lugar de reflexão, silêncio e respeito. Em um jogo de refrações, reflexos e referências, os ecos das salas anteriores germinam aqui e dão vida ao universo conceitual do grande líder brasileiro. Post Scriptum A morte de Tancredo provocou uma comoção nacional como nunca antes se viu no Brasil. Sua trajetória de vida causou reflexões fundamentais que contribuíram para a construção da identidade brasileira democrática contemporânea. Muito foi dito sobre Tancredo durante sua vida e depois de sua morte. Nesta sala, são expostos alguns pensamentos sobre seu caminho.