sábado, 20 de novembro de 2010

CONSCIÊNCIA NEGRA NA ESCOLA JOÃO PAULO I


ESCOLA ESTADUAL JOÃO PAULO I
Rua três, Bairro Regina, Belo Horizonte, MG

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(O Céu foi feito para brilharmos)

No dia 20 de Novembro a Escola Estadual João Paulo I abriu as comemorações da Semana da Consciência negra, esse dia é dedicado a reflexão sobre o negro no Brasil, 20 de novembro foi escolhido por coincidir com a data da morte de Zumbi dos Palmares, esse nasceu no Estado de Alagoas e se tornou líder do Quilombo dos Palmares, local onde os escravos refugiados se escondiam e lutavam de forma organizada por liberdade.

Os alunos do Ensino Medio montaram stand referentes ao tema.
Alguns alunos investigarão sobre as danças regionais brasileiras, que foram influenciadas pela cultura negra. Outros pesquisaram sobre as comidas. Que delícia! O 2º ano trouxe plantas de origem a
fricanas que são utilizadas pela medicina e as frutas de origem africana.
Existem muitos artistas negros que foram incluídos
na apresentação.
O grupo de Capoeira Arte do Brasil nos homenagearam com uma bela apresentação.
Vários alunos trouxeram o repertórios de samba, tocaram, dançaram e cantaram ao som de músicas originadas da cultura negra.
Parabéns aos professores e alunos que investiram nesta exposição de forma criativa e investigatória.
Sabendo-se que a sociedade deve muito aos negros, será muito difícil reparar os danos causados a estes. O tema é polêmico quanto a cota nas Faculdades, nos concursos e outros, porém e é fato esta dívida que a sociedade tem para com os negros. Andrea.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

REDAÇÃO: BRINCANDO COM A GRAMÁTICA



REDAÇÃO DE ALUNA DA UFPE

Redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE Universidade
Federal de Pernambuco (Recife), que venceu um concurso interno
promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.

Redação:

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se
encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto
plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o
artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas
com um maravilhoso predicado nominal.

Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um
sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por
leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação:
os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa
oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.

O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse
pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro:
ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns
sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando
o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e
pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão
verbal, e entrou com ela em seu aposto.

Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma
fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla
para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados
num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.

Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e
rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que
iriam terminar num transitivo direto.

Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo
seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que
nem um período simples passaria entre os dois.

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele
não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo.
É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente
oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.

Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias,
parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns
minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto,
ia tomando conta.

Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era
um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome
do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.

Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício.
Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos
dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições,
locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa
acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu
seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora
por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu
adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem
comparativo: era um superlativo absoluto.

Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele
predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada
vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo,
propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram
estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do
substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo
feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido
depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto
final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo,
jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua
portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa
conclusiva.
Concordâncias verbais, nominais, adequação ao ponto, a vírgula ao sujeito e substantivo... UFF..
Isto não é para qualquer pessoa.
Parabéns para aluna que não teve o nome divulgado....
Andrea