sábado, 8 de setembro de 2012

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE ESTADUAL DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS (METROPOLITANA B)




 Nos dias 26, 27 e 28 de outubro realizou-se no Hotel Canto da Siriema o encontro de professores. O evento teve o objetivo de capacitar os professores da rede Estadual de Minas Gerais.

Fomos recebidos pelas   Diretoras Maria de Lourdes Rodrigues Fassy (SRE Metropolitana B), Maria das Graças Pedrosa Bittencourt (Superintendência de Desenvolvimento da Educação Infantil e Fundamental) e Ângela Dalben (Escola de Formação - Magistra).

O professor e palestrante Cristiano Lopes abordou o tema "O Fazer Pedagógico do sec. XXI" De forma criativa, inovadora conduziu a palestra.
 Estiveram presentes cerca de 400 professores. A oficina "Ler e Escrever; compromisso de todas as áreas" trabalhou com a interdiscipina curricular. Nessa fomos desafiados a montar aulas com temas pré estabelecidos. As atividades propostas pelos professores foram surpreendentes.
 Várias palestras foram proferidas com relatos de experiências profissionais e pessoais. Motivação esteve presente em todas as palestras como também a necessidade de reflexão sobre a atuação dos professores na educação. Ao final do curso emitimos nossa avaliação referente ao conteúdo como o domínio do tema pelo palestrante, recursos utilizados,metodologia, interação do palestrante e a interrelação da palestra com o CBC. Enfim estamos aguardando outros cursos de capacitação.

domingo, 8 de abril de 2012

FUNDAÇÃO HELENA ANTIPOFF

Durante nosso curso "aprendemos que  a maneira mais fácil e segura de vivermos honradamente, consiste em sermos, na realidade, o que parecemos ser" e que
"a educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces."
Descobrimos que" nenhum caminho é longo demais quando um amigo nos acompanha"  e esse "amigo deve ser como dinheiro, cujo valor já conhecemos antes de termos necessidade
 dele". 
"A vida sem ciência é uma espécie de morte. Pois bem, é hora de ir:  para semear o que colhemos". O certo é que sentiremos saudades e contribuiremos para um Brasil melhor.     
                                                                     Aristóteles

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

FUNDAÇÃO HELENA ANTIPOFF



Affonso Romano, escritor, poeta é o autor desta reportagem do dia 11 de Outubro de 2009, Jornal Estado de Minas
Há algumas vantagens em ter certa idade.Você não maneja o twitter como um adolescente, mas pode dizer:Conheci Helena Antipoff.Isso não é pouca coisa.A idade também é uma tecnologia.Acabo de descobrir que 2009 tem alguma coisa a ver com 1929.Não, eu não havia nascido ainda, mas foi em 1929, há 80 anos, que Helena Antipoff aceitou o convite para trocar Genebra, onde trabalhava com Eduard Claparede, por Belo Horizonte.Ela poderia ir para o Egito, onde também a queriam. Mas aceitou o chamado do governo Antônio Carlos, e o ensino em Minas nunca mais foi o mesmo.


Estou lendo uma entrevista virtual com Helena Antipoff, que Rogério Alvarenga fez, extraindo suas palavras de livros e entrevistas.Vou lhes garantir uma coisa: se alguém se dispusesse a escrever a biografia detalhada dessa russa excepcional, uma biografia minuciosa como essa que Benjamin Moser fez de Clarice Lispector, e que acaba de lançar nos Estados Unidos com grande êxito; se alguém recuperasse, num livro, a vida épica, dramática, lírica e exemplar de Helena Antipoff, teríamos o roteiro de magnífico filme, que retraçaria também a própria história do século 20: Rússia, Europa e Brasil. Mãos à obra, roteiristas de Minas! Aí está a história de seu pai – general do czar Nicolau II, primeiro aluno da Academia Militar, mas que acabou consertador de sapatos num lugar qualquer da Rússia. Aí está narrada a trajetoria da jovem Helena, que, tendo ido estudar em Paris, na Sorbonne, largou tudo para procurar o pai, caído em desgraça no caos revolucionario soviético. (Isso é mais emocionante que o cinematografico O resgate do soldado Ryan). Aí estão também as peripécias para salvar e manter o marido, Victor, perseguido pelo governo e exilado em Berlim.Aí está narrado o período de fome e miséria, quando Daniel, filho de Helena com Victor, foi exposto na escola de medicina russa como exemplo de raquitismo.

E, no entanto, essa mulher excepcional, em plena tragédia do comunismo russo, consegue iniciar seu trabalho de educação de delinquentes, como eram chamados jovens perdidos nos bosques tosquiados como cordeiros ."É difícil imaginar o que passei no período de 1917 a 1921 – diz ela.Catava-se resina de árvore para saciar a fome.Armadilhas para pegar algum coelho".É difícil imaginar, penso eu, que intelectuais do mundo inteiro tenham, no século 20, iludido-se com a tragédia soviética.Vão dizer: o regime do czar era um horror.Mas não se combate um horror com outro horror, ou um erro com outro erro.


Helena chega a Minas. Aqui, um outro capítulo dessa vida romanesca, do Mar Báltico a Ibirité.Uma geração privilegiada a espera.E ela vai citando Marques Lisboa, Jeane Milde, Alda Lodi, Arduino Bolivar, José Lourenço, Alaíde Lisboa, Lúcia e MárioCasassanta, Guilhermino César, Fernando Magalhães Gomes, Lincoln Continentino, padre Negromonte, Olga Ullman, Elza de Moura. Sem contar Abgard Renault e Drummond, o qual também escreveu sobre ela.E ela narra seus primeiros dias naquela Belo Horizonte de 80 anos atrás:"Montei também meu próprio ritmo pessoal. Ao chegar à casa, vindo do trabalho, ia me deitar às 21h30.Das 23h às 4h, estudava e preparava aulas.Dormia das 4h às 6h, quando me preparava para chegar à escola às 7h.Pegava o bonde e descia na porta da escola.Tudo calmo.A cidade tinha 200 mil habitantes".Há pessoas que fazem história. Elegante, culta, simples, bem me lembro dela nas famosas festas do milho, na Fazenda do Rosário.Seu filho Daniel, também brilhante e modesto, deixou depoimentos sobre ela. Mas há muito, muito mais a contar. Escritores, roteiristas, mãos à obra! Pois uma personagem maravilhosa habitou algum tempo entre nós!Ter Helena Antipoff no Brasil e em Minas foi um luxo. 


Após ter lido esta reportagem, encontrei-a no Blog da 
Kyria, desta forma agradeço a esta mulher sensível que me possibilitou a também postar.
Quem tiver a oportunidade de visitar a Fundação Helena Antipoff, encontrará ali o quarto e alguns objetos pessoais de sua fundadora, como também um de seus sonhos sendo realizado, uma Faculdade na zona rural, para que todos tivessem oportunidade de estudar.
Andrea.