Ai, palavras, ai, palavras,
Que estranha potência a vossa!
Todo o sentido da vida
Principia à vossa porta;
O mel do amor cristaliza
Seu perfume em vossa rosa; Sois o sonho e sois a audácia, calúnia, fúria, derrota...
Sois de vento, ides no vento,
e quedais, com sorte nova!
Ai, palavras, ai palavras,
que estranha potência, a vossa!
Todo o sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
e quedais, com sorte nova!
Ai, palavras, ai palavras,
que estranha potência, a vossa!
Todo o sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
(Cecília Meireles, Romance LIII ou das palavras aéreas, Romanceiro da Inconfidência.)
As informações nestes dois versos de estrutura poética, desenha o poder da palavra "que estranha potência, a vossa". Como posso descrever este poder, após ler este poema?Cecília Meireles é realmente a explícita mediadora da palavra com leitor.
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